A geração que foi trocada pela Internet e Celular

Pais que NÃO Desgrudam do Celular!

A geração que foi trocada pela Internet e Celular está se tornando carente de pais. “Calma filhinho, papai já vai! Só vou postar um story no instagram e já já vamos brincar!”Esta frase, que mais parece de um personagem de comédia, é um acompanhamento perfeito para servir ao comportamento extremo dos pais que estão conectados o dia todo na internet e usando celular. As relações entre pais e filhos está sendo contaminada pelo excesso de uso da internet.  

Em uma pesquisa realizada pelo Digital Diaries, uma das maiores empresas globais de tecnologia de segurança em junho de 2015 pela AVG.  Crianças entre 8 e 13 anos afirmaram que se sentem tristes e excluídas pois seus pais passam o dia todo na internet e no celular. Ficou assustado com a pesquisa? Espere até ler o restante da matéria. Foram entrevistadas 6.117 crianças e adultos pela AVG em diversos países tais como Brasil, República Tcheca, Austrália, França, Alemanha, Reino Unido, Nova Zelândia e Estados Unidos. Sendo assim, podemos observar o que se reflete nas diferentes realidades, de diferentes culturas e nacionalidades. Reforçando então que esse tipo de comportamento não é específico de um grupo de pessoas, mas sim um problemas que afeta quase o mundo todo.

Neste estudo foi reclamado por 54% das crianças que seus pais ficam constantemente no celular, olhando com muita frequência, principalmente enquanto conversa com elas. Isso leva elas a se sentirem desprezadas (32%) pois seus pais não dão a atenção necessária quando querem dialogar, esse é certamente mais um dado relevante. “Eu odeio o celular! Meus pais não largam esse telefone um minuto. Esse negócio nunca deveria ter sido inventado”. Declarou uma das crianças quando foi indagada com uma simples pergunta pela sua professora Jen  Adams: “Que invenção você gostaria que nunca tivesse sido criada?”. “ Se eu tivesse que escolher algo para nunca existir, com certeza gostaria que o celular nunca tivesse sido inventado. Meus pais passam o dia todo no celular e na internet. Minha mãe então, eu odeio o celular dela queria que ela nunca tivesse tido um. Essa é uma invenção de que eu não gosto”, resposta dada por outro aluno da 2ª série de um colégio no estado de Louisiana.

Para teóricos como Sigmund Freud, Melanie Klein, Lev Vygotsky, Jean Piaget, a fase dos 0 a 5 anos é uma fase crucial para o desenvolvimento cognitivo. A relação mãe-bebê é um fator-chave para um bom desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças em seus primeiros meses e anos de vida. Não devemos nos preocupar apenas com o desenvolvimento motor e cognitivo,  mas também a parte emocional das crianças. Quanto mais segurança afetiva a  criança tiver, melhor ela vai se sentir e isso se torna o aparato psíquico dela para o mundo. A criança se espelha em referências para se desenvolver. E neste caso a maior referência são os pais. Tudo é construído em cima do comportamento dos pais. Desde a construção de ideia de mundo a autoimagem da criança. A crianças de hoje são em sua maioria ansiosas, inseguras, carentes e emocionalmente instáveis por falta de segurança e referência na vida delas. Nos últimos anos essa  geração vem mostrando grandes que nos s índices de psicopatologias, automutilação, depressão e “rebeldias” e  suicídio. A criança com a falta dos pais busca substituição e passa a se espelhar no que o mundo oferece a ela e passa ser reflexo disso.

 Existe solução, qual seria?

A primeira fase da criança é crucial para o seu desenvolvimento, pais e mães precisam se dedicar a essa fase pois é nesse período que a criança vai desenvolver e fixar sua personalidade adquirindo habilidades sociais. Esse período do 0 aos 5 anos, é a fase mais crítica e só vem a se consolidar entre os 10/12 anos. É na adolescência, quando se inicia a puberdade (11/12 em diante), que tudo se inverte. Os filhos querem ser mais autônomos e independentes dos pais. Os pais passam a serem substituídos pelos amigos, algo de extrema importância e natural nessa fase. Nesse momento eles estão sendo preparados  para o mundo e algo diferente a isso pode não ser  um bom sinal. Durante a adolescência será colocado a prova toda a bagagem recebida durante a infância. Os que tiverem tido um bom espelho e segurança, dificilmente se esquecerão dos conselhos dos pais, muito pelo contrário, ao encarar a vida de frente vão se lembrar de cada um deles. O vínculo parental positivo, construído até os primeiros 10/12 anos servirá de âncora para toda a juventude. Lembrando, que vale muito a pena investir na atenção dada ao seu filho. Priorize fazer isso sem a presença da tecnologia. E no mais, você pode se conectar as redes sociais enquanto a criança dorme ou está distraída, brincando ou vendo desenho animado na TV.  Concordamos que ninguém é de ferro, não é mesmo? Fazendo planos para viajar em família? Clique aqui e saiba como escolher seu seguro viagem.